3.3.11

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Tony Allen & Hypnotic Brass Ensemble Live at Cargo (2009) 

Show dos sonhos de muitos fãs de afrobeat pelo mundo aconteceu no Cargo, em Londres, em 2009. Juntos, no mesmo palco, a lenda Tony Allen, 'baterista que valia por quatro', segundo o próprio Fela Kuti; do outro, o octeto de metais formado só por irmãos Hypnotic Brass Ensemble, de Chicago, que recentemente arrebentou por aqui em shows no Percpan (e já ganhou post no blog). A apresentação única teve participação ainda do raggaman britânico Ty, do senegalês Baaba Maal e do hypado baterista Malcolm Catto. Repertório inclui clássicos de Tony Allen, instrumentais inspirados do Hypnotic com toque rasta e pianos psicodélicos. Quer um aperitivo? Dá uma olhada no vídeo de divulgação, clássico, com entrevistas, bastidores e som impecável.




Jimi Hendrix – Blues (1994) 

Coletânea é o que não falta para os fãs de Jimi Hendrix: tem álbum só com os hits, sobras de estúdio, psicodelia, experimentações... mas essa aqui é obrigatória para quem gosta de blues. Lançado em 1994, tem onze músicas gravadas entre 1966 e 1970, oito delas não incluídas em discos oficiais, além do petardo ‘Voodoo chile’, do álbum Electric Ladyland, e duas versões para a clássica ‘Hear my train coming’, uma elétrica e outra acústica totalmente roots. Traz ainda covers de ‘Manish boy’, de Muddy Waters, e ‘Born under a bad sing’, de Albert King. Com quase todas as músicas acima de 6 minutos de duração, é a chance de ouvir com calma longos solos blueseiros de Hendrix. Detalhe para colecionadores é a capa, projeto gráfico lindo com montagem reunindo a nata do blues.



Billie Holiday – Lady Day, the complete Billie Holiday on Columbia 1933-1944 (2001) 

Existem músicas que tem o poder de transportar para um outro nível de realidade: é assim com o cool jazz de Chet Baker, com os solos de Miles Davis, com a combinação baixo-percussão-letras de Bob Marley e... com a voz ‘fine and mellow’ de Billie Holiday. Não tem erro: Lady Day é incomparável na história da música. Diva é pouco para sua trajetória e importância. Billie Holiday tem no currículo clássicos que empolgam de primeira, músicas que caem bem em qualquer situação: ‘God bless the child’, ‘Night and day’, ‘Billies blues’, ‘Fine romance’... sempre acompanhada de uma cozinha de respeito com monstros da história do jazz no auge como Lester Young e Coleman Hawkins. Fora dos palcos, Billie Holiday foi também um furacão, uma espécie de Amy Winehouse dos anos 30, 40 e 50, com muitos maridos, brigas, surras, drogas pesadas e até uma prisão em 1946 por porte de heroína. Seu auge como cantora foi na década de 40, por isso minha opção pela coletânea da Columbia de 1994. A voz de Billie aqui aparece inteira, límpida, perfeita. O box com nada menos que 10 CDs, fotos, material gráfico de primeira, é daquelas raridades para ter na estante da sala, completíssima, alto nível. Uma opção com repertório mais concentrado é o CD ‘Blue Billie’, de 2002. Não tem erro, ambos sensacionais. 

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