2.12.11
sambanzo-darondo-ruthtafebe
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Sambanzo - Etiópia
O saxofonista de SP Thiago França teve um 2011 intenso e já deixou engatilhados álbuns que prometem para 2012. Depois de participar ativamente de discos que ganharam destaque no ano ao lado de Criolo, Gui Amabis e Rômulo Fróes, e gravar os novos de Céu e Rodrigo Campos, ambos ainda inéditos, Thiago se prepara para lançar o primeiro CD do seu projeto solo, Sambanzo (palavra criada pelo próprio misturando samba e banzo, termo africano para saudade), gravado com os amigos Kiko Dinucci, na guitarra, Marcelo Cabral, produtor de Criolo, no baixo, além de Pimpa e Samba Sam, na bateria e percussão.
Em entrevista excelente ao blog Radiola Urbana (leia texto completo), Thiago fala sobre o caminho do Sambanzo até o disco, batizado com outra homenagem à Africa, ‘Etiópia’. Segundo o músico, que começou a carreira fazendo samba acompanhando feraças como Nei Lopes, Nelson Sargento e Beth Carvalho, o quinteto virá com um ‘gafieira universal’ com jazz, forró, carimbó, guitarrada e até pontos de umbanda: ‘Tudo com muito suingue, veneno, estruturas elásticas e descompromissadas para fazer um belo baile’.
Em entrevista excelente ao blog Radiola Urbana (leia texto completo), Thiago fala sobre o caminho do Sambanzo até o disco, batizado com outra homenagem à Africa, ‘Etiópia’. Segundo o músico, que começou a carreira fazendo samba acompanhando feraças como Nei Lopes, Nelson Sargento e Beth Carvalho, o quinteto virá com um ‘gafieira universal’ com jazz, forró, carimbó, guitarrada e até pontos de umbanda: ‘Tudo com muito suingue, veneno, estruturas elásticas e descompromissadas para fazer um belo baile’.
SAMBANZO (single) by thiagosax
Mais um projeto classe A de Thiago França e ótima dica é o disco ‘Metá-metá’, também com Kiko Dinucci e outra parceira das antigas nos vocais, Juçara Amaral. Esse já está disponível para download grátis. Abaixo, o saxofonista solando no show de Criolo, e com o Sambanzo, ambos em SP.
Darondo tinha tudo para estourar na cena funk-soul dos EUA nos anos 70: abriu show para James Brown, fez sucesso com seu primeiro single, estava cercado de músicos incríveis da Califórnia e tinha em mãos pelo menos uma dezena de petardos para bombar nas pistas. Só que a indústria da música é cheia de armadilhas. Sua carreira começou a degringolar em 1975 quando Darondo (também conhecido na época como Darondo Pullia e até Dorando) rompeu com a gravadora que lançaria seu primeiro disco solo. Decepcionado, largou tudo, chegou a trabalhar como cafetão nos anos 80 e depois foi morar nas lhas Fiji, no Pacífico.
Suas gravações da década de 70 ficariam esquecidas até 2005 quando o single ‘Didn’t I’ acabou sendo escolhido para abrir a coletânea cheia de pérolas ‘Gilles Peterson Digs America’. Com a música tocando nas rádios e seu nome novamente circulando entre DJs, pesquisadores e jornalistas, Darondo foi convidado para fazer seu primeiro show em 30 anos até lançar, em 2006, seu disco de estreia, ‘Let My People Go’.
Aí sua vida definitivamente mudou: Darondo acabou incluído na lista da NPR entre os artistas ‘para se prestar atenção’ de 2008 e suas músicas foram usadas até em trilha de séries. Hoje, ele é finalmente uma realidade na cena funk-soul dos EUA.
‘Listen To My Song: The Music City Sessions’, seu segundo disco, vai ainda mais fundo nos arquivos resgatando músicas inéditas de sessões registradas entre 1973 e 1974, inclusive a versão original de ‘Didn’t I’. Tesouro indispensável para quem curte groove estilo James Brown com toques de jazz e graves na medida.
Ruth Tafebe and Afrorockerz - Holy Warriors (2007)
A voz lembra Erikah Badu com um leve sotaque francês. O instrumental é poderoso com reforços que dispensam apresentação como o baterista Tony Allen e o vocalista e percussionista Amayo, do Antibalas. Lançado em 2007, ‘Holy Warriors’ é o primeiro e único disco de Ruth Tafebe ao lado dos Afrorockerz, o que é pena pois se trata de um dos melhores álbuns de afrobeat dos últimos anos com voz feminina. São dez faixas no total, todas em inglês, algumas para entrar e não sair mais das playlists de afro-soul como ‘Wâri’ e ‘Carry on’. Um som que resgata o afrobeat roots de Fela Kuti misturando com malícia do soul e o groove do rap.