8.12.11

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Michael Kiwanuka - Tell me a Tale (2011)

Michael Kiwanuka tem só 24 anos e já é apontado como ‘o nome a se prestar atenção’ em 2012 dentro da cena neo-soul em que já brilham nomes como Erikah Badu, Joss Stone, Macy Gray e mais recentemente Mayer Hawthorne. Nascido em Uganda, o músico classudo de voz tranqüila cresceu em Londres, mas é nos EUA que estão suas raízes musicais e principais referências. Comparado a nomes clássicos da gravadora Motown, Kiwanuka faz um som simples, tranqüilo, com uma guitarra delicada e orquestração minimalista. Chamou atenção ao abrir shows para a nova sensação britânica, Adele (indicada como melhor disco e single de 2011 pela Rolling Stone), mas com seus três primeiros EPs já mostrou que tem fôlego de sobra para brilhar solo.

Lançado em junho de 2011, ‘Tell me a Tale’ é seu primeiro single. O álbum de estreia, 'Home Again', está previsto para sair em março de 2012 e é aguardado com expectativa tanto pela imprensa quanto pelos fãs. Abaixo, Michael Kiwanuka no Jools Holland.




Koko Taylor - I Got What It Takes (1975) e Royal Blue (2000)

Quando a cantora de voz poderosa e presença de palco marcante surgiu em Chicago, nos anos 60, o genial Willie Dixon não teve dúvidas: apadrinhou a novata Koko Taylor produzindo seu primeiro single, ‘Honky Tonky’, e escreveu para ela o hit que ficaria marcado para sempre como sua marca registrada, ‘Wang Dang Doodle’. Dixon acertou em cheio. Comparada a ‘shouters’ famosos do blues como Muddy Waters e Hownling Wolf, Koko Taylor (que ganhou o apelido ainda na infância por causa da paixão por chocolate) construiu uma carreira sólida seguindo tradição de grandes cantoras como Bessie Smith, Big Mama Thornton e Memphis Minnie, entrando para história com o inquestionável título de ‘a rainha do blues de Chicago’.

O disco ‘I Got What It Takes’, de 1975, marca sua estreia pela gravadora Alligator com repertório pesado que inclui clássicos como ‘Voodoo Woman’ tocados por um timaço de músicos como os guitarristas Mighty Joe Young e Sammy Lawhor. O disco seguinte, ‘Queen of the Blues’, segue a mesma linha com petardos como ‘Queen Bee’ e ‘Come to Mama’ (todas na playlist). Outro álbum que merece lugar cativo na estante é ‘Royal Blue’, de 2000, esse cheio de convidados, entre eles estrelas como BB King e Keb´Mo.

Koko Taylor morreu em 2008, aos 80 anos, durante cirurgia para controlar uma hemorragia no instestino. Apesar da idade, continuava fazendo até 50 shows por ano. Veja abaixo Koko Taylor em noite de gala, em Chicago, 1991, com Willie Dixon e Buddy Guy.




Rob - Funk Rob Way (1977)

Mais um tesouro garimpado pelos ingleses da Analog Africa em Gana, o disco ‘Funk Rob Way’ foi lançado originalmente, em 1977, em edição de apenas 500 cópias, e até voltar remasterizado ao mercado em 2011 era encontrado apenas em sites de leilões por preços que podiam chegar a até US$ 1 mil. Para colecionadores fãs de afro-funk-soul, o investimento era retorno certo. Agora então... são apenas seis músicas e pouco mais de 32min, todas no bom e velho estilo JBs com referências a Funkadelic e pitadas de afrobeat.


Just One More Time - ROB by Analog Africa

Nascido na capital Accra, Rob Roy Raindorf estudou música em Cotonou, no vizinho Benin, onde teve contato direto com a música de nomes como Black Santiago e Orchestre Poly Rythmo. Na volta a Gana, Rob, também admirador de estrelas soul dos EUA como Otis Reading, James Brown, Wilson Pickett e Ray Charles, formou sua primeira banda ao lado do guitarrista Amponsah Rockson. 'Funk Rob Way', seu disco de estreia, é dessa época.

Por causa de direitos autorais (uma das músicas já havia sido incluída na coletânea Ghana Funk), a nova edição de ‘Funk Rob Way’ teve uma das faixas trocadas em relação ao original. Apesar da formação acadêmica de Rob, Amponsah é responsável pela maioria das composições e arranjos. Afro-funk pegando fogo com piano e guitarras em alta voltagem. Os solos lembram o clássico 'Maggot Brain', do Funkadelic de George Clinton. O frame do vídeo abaixo é a capa do disco relançado pela Analog Africa.


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