30.11.12
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Ouça nova música da Pata de Elefante formação sexteto (Oblogblack no Amplificador do Globo)
2012 foi um ano de afirmação para o rock-funky-afro-groove instrumental brasileiro com excelentes álbuns, EPs, clipes e shows por todo Brasil de grupos (todos sem vocalista) como Afroelectro (SP), Beach Combers (RJ) Iconili (MG), Macaco Bong (MS), Retrofoguetes (BA), Joseph Tourton (PB), Abeokuta (PE), Burro Morto (PE)... A lista é extensa, mas faltam ainda duas bandas - para muitos roqueiros, as duas melhores - que vêm de um pequeno recesso e estão prestes a colocar trabalhos novos no mercado: os paulistanos do Hurtmold (o quinto disco, ‘Mils Crianças’, será lançado no dia 15, com show no Sesc Pompeia) e os gaúchos da Pata de Elefante, agora com formação sexteto e finalizando o quarto álbum (o último foi ‘Na Cidade’, de 2010), com dez faixas e ainda sem nome.
Enquanto aguardo mais detalhes do álbum do Hurtmold (pode cobrar, estou na busca), veja entrevista com a Pata de Elefante sobre o primeiro disco da nova formação e um pouco da trajetória da banda de dez anos de estrada de ótimos serviços ao rock instrumental temperado sempre com folk rock, Hendrix, Morricone, The Who, Cream, Mutantes, e agora também curtido em um ska de altíssima qualidade.
Escolhida melhor banda de rock instrumental de 2009 no VMB, o (ex)-trio formado por Gustavo Telles na bateria, Daniel Mossmann e Gabriel Guede, dividindo guitarra e baixo, virou sexteto com reforço do baixista Edu Meireles, do tecladista Luciano Leães e do trombonista Júlio Rizzo assumindo papel de protagonista no novo álbum. Sua participação, aliás, tem sido tão intensa que pela primeira vez na história da banda o disco terá assinatura dupla: Pata + Rizzo.
Ouça abaixo ‘Mas será que não entra?’, liberada em primeiríssima mão. Na sequência, papo com Gustavo Telles e clipe de animação de ‘Pesadelo no Bambus’, do disco ‘Na Cidade’.
Mas será que não entra? by Pata De Elefante
Por que mudança para sexteto? E os últimos shows tocando ska, é só mais um elemento ou cansaram do rock?
A Pata é uma banda de rock, mas que tem a boa música como referência, independente de estilos. As apresentações de ska foram bem específicas, é um outro show que agora temos pronto. Mas, definitivamente, não viramos um grupo de ska. Sobre o sexteto, deixamos de tocar em trio no fim de 2011 quando o Edu Meirelles assumiu o baixo, liberando o Gabriel Guedes e o Daniel Mossmann para tocarem guitarra, que é de fato o instrumento deles. Agora, temos feito shows em quarteto (duas guitarras, baixo e bateria), quinteto (duas guitarras, baixo, bateria e teclados) e sexteto (duas guitarras, baixo, bateria, teclados e trombone). O Luciano Leães, tecladista, já toca e grava com a gente desde o primeiro disco. E o Júlio Rizzo, trombonista, gravou em ‘Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha’ e se apresenta ao vivo com a banda desde 2010. Eu e Júlio decidimos fazer um disco juntos, e eu iria compor pensando no trombone como o instrumento que conduziria as melodias. Só que aí, naturalmente, acabou virando um projeto da Pata com o Júlio Rizzo.
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