17.1.13

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Renovando o reggae, Nayah prepara disco e divulga teaser de clipe (Oblogblack no Amplificador do Globo)

Experimenta procurar por bandas de reggae nas listas de revelações ou melhores estreias de 2012. Se você curte nomes como Tribo de Jah, Ponto de Equilíbrio, Natiruts, Cidade Negra, Maskavo... sabe que as opções para quem gosta do bom e velho ritmo jamaicano não são muitas e a renovação é lenta no país. Mas anota aí, 2013 deve ser o ano da afirmação do quarteto Nayah, de Niterói, Rio. Cheio de planos e com disco novo no forno, o grupo está cada vez mais perto de furar o bloqueio mainstream. E os sinais para isso são muitos: Kid Mumu (o único da formação original), Alex Gaspar, JPunk e Renzo abriram shows em sequência para Planet Hemp, Charlie Brown e Ponto de Equilíbrio, dividiram palco com os rappers Projota e Marechal, e fecharam 2012 (ou abriram 2013) fazendo a apresentação principal do réveillon na praia de Icaraí, em Niterói.



Batizada em 1998 como Nayah Bing (‘alma de tambor’, em dialeto jamaicano), a Nayah já tem três discos, fãs atuantes nas redes sociais, parcerias com nomes como Baia, Black Alien, Mad Professor e Marcelinho da Lua, mas ainda falta o passo final para chegar às rádios e circular por grandes festivais. Antes de lançar o quarto disco (com produção do baixista Arthur Maia e colaboração de Buno Levinson, do Humaitá pra Peixe, ex-MPB FM, Sony e Natasha), o grupo acaba de divulgar teaser para o clipe da faixa ‘A vida não pode ser pela metade’.

Com grafite, ‘light painting’ e muita arte de rua, o vídeo mostra uma banda com planos ambiciosos e afiadíssima musicalmente. Reggae daqueles calibrados com influências de hiphop, dub, ragga e rock. Amplificador conversou com Renzo sobre os shows concorridos no final do ano e a cena independente.


Como vocês definem o som da banda e quais as influências?
A Nayah já teve diversas formações. O único integrante original é o Kid Mumu. A banda hoje é formada pelo Mumu, Alex Gaspar, Jpunk e eu, Renzo, mais baixo, bateria, DJ e teclados. A Nayah originalmente tocava reggae raiz. Depois, começamos a misturar outras influências, principalmente o rock e rap. Curtimos muito Sublime, Bob Marley, Planet Hemp, Paralamas, Natiruts, Black Alien, Damien Marley...



O que vocês têm ouvido?
Cada um tem o seu gosto particular, mas todos curtem nomes como Criolo, Skrilex, Alborosie, Marechal, Black Alien e Asa.


Como veem atualmente o cenário independente no Rio?
Com muita força e propício para trabalhos de longo prazo. Se um artista se organiza, tem grandes chances de ser dar bem. Tem muitos exemplos como Emicida, Marechal e outros com já carreiras consolidadas de forma independente.


A programação do final de ano foi intensa, como foi tocar com Planet, Ponto de Equilíbrio, Projota e Marechal?
A abertura para o Ponto de Equilíbrio na Fundição foi demais, trocamos muito com o público e conseguimos passar nossa mensagem. Com o Planet, Projota e Ponto (de novo), tocamos para 8 mil pessoas, foi a realização de um sonho. Em 2013, vamos botar nosso bloco na rua.



 

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